sábado, 7 de maio de 2011

RIO OSÚN NA ÁFRICA



Oxum


UMA REFLEXÃO SOBRE RELACIONAMENTO






CONTOS DE FADA.


Exitem momentos em nossa vida que ficamos diante de uma encruzilhada aberta, são tantas opções, tantos caminhos, afinal o mundo é muito grande.

Desde pequeno nos acostumamos a viver em coletividade, nosso primeiro núcleo geralmente é formado pelos pais e irmãos, no decorrer da vida o grande aprendizado é como viver em coletividade.

Como em prol do bem comum, muitas vezes temos de abrir mão do bem próprio, de nossos anseios, de nossas necessidades.

Cresci em uma família formada por pai, e mãe, sendo eu filho único, embora tenha sido e ainda sou, muito amado por meus pais ,sempre fui solitário.

Acho que o maior medo de um filho único é ficar sozinho!

Mas como sozinho, se neste mundão, o que não falta são pessoas!

Coisas da alma, medos injustificados talvez.

Me lembro que durante anos, em toda virada de ano novo, meu desejo na hora do brinde, sempre foi: “alguém para que eu ame e seja amado pela vida toda”.

Esse alguém já foi encontrado por mim, mas aí vem a segunda parte: - Nos contos de fada a história só vai até “....E viveram felizes para sempre.”

Conto ou romance algum trata do dia seguinte do “.....E viveram felizes para sempre”. Não sabemos se a Cinderela teve de acompanhar uma reforma no castelo e lidar com os operários.

Igualmente não sabemos se o príncipe sai todas as quartas feiras pra jogar uma sinuca com os outros príncipes seus amigos.

Será que na noite do dia de núpcias a Cinderela descobriu que o príncipe ronca??

Meu Deus! Príncipes não deviam roncar, risos.

Pois é, a história do “....E foram felizes para sempre”, termina ali.

A vida, o trabalho, as contas a pagar, os filhos, os amigos tudo isso denota uma parte da vida que nos toma tempo, atenção e amor.

Agora como fazer para corresponder a todas as expectativas?

E como lidar com a situação de que a princesa tem dias de mau humor, tem de depilar as pernas, pintar o cabelo, fazer as unhas, dedicar-se ao seu trabalho, ir em busca de suas conquistas.

Muitas vezes o “eu te amo” fica por ser dito, porém esquecido no meio de todas essas situações. Mas ele está lá dentro do coração, está no olhar, na certeza de que príncipe e princesa agora sabem que não são perfeitos, mas que se amam e apóiam um ao outro.

Amor na verdade e gostar da adversidade, e gostar do príncipe mesmo que a barriguinha esteja aumentando, olhar com paixão os bobs no cabelo da princesa.

Saber que aquela pessoa estará lá ao teu lado para te apoiar, ouvir o que você está pensando, cuidar para que dentro do possível vocês se sinta seguro, amado e confortável com as relações do dia a dia.

Alguém para quem poder gritar: Socorrooooooo, estou ficando maluco, me acuda!
Relações interpessoais são complicadas, mas revelam na verdade a essência do ser humano, qual seja: amar.

Se me pergunta se vale à pena, respondo sem titubear: “Com Certeza”!

(Por Eduardo M de Souza – Babalorixá).

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O Culto aos Eguns












O CULTO DOS EGUNS NO CANDOMBLÉ



Na Nigéria, o culto a Egungun está relacionado aos ancestrais. O povo Yoruba acredita nesta energia porque entendem que não existiria o presente e o futuro, sem a existência do passado. O culto é um dos mais difundidos em toda a população Yoruba. Na Nigéria são quase 30 milhões de pessoas que cultuam Egungun. Para se ter uma idéia da força desta energia, na Nigéria os três orixás mais cultuados são Exu, Ogun e Egungun.

Egungun é considerado orixá - ele é a única energia que dá ao homem condições de ser venerado depois de sua morte, dependendo do histórico da vida da mesma.

O culto a Egungun é altamente mágico e secreto, por isso os Olojés (pessoas que tem o poder de manipular a energia de Egungun) são respeitadíssimos. Todas as pessoas podem se beneficiar da energia de Egungun para solucionar problemas no amor, trabalho, saúde, espiritualidade, etc.

No Brasil o culto não é difundido como na Nigéria e apesar dos equívocos de alguns pais e mães de santo, na Ilha de Itaparica, existe o culto de Egungun considerado parecido ao da Nigéria. Em Itaparica o culto é totalmente secreto, talvez esse o motivo de não se ter mutilado através dos tempos, da escravidão aos tempos de hoje. O culto é equivocado no Brasil pois muitas pessoas dizem que Egun é energia negativa, e isso não é verdade.

Egun = Babaegun (uma coisa só) = Energia positiva
Oku orun (cidadão do orun) = Energia positiva
Oku (espírito sem procedência) = Energia negativa

O que falta, talvez para as pessoas do Brasil, seria informações sobre Egungun. O povo Yoruba acredita em reencarnação, pois Egungun está interligando vida e morte: assim que uma criança nasce, eles fazem todo um procedimento para saber o destino da criança, manipulam oráculos, ou então pedem a ajuda de babalawo que através de ifá, sabem se a criança é uma encarnação de algum antepassado. Constatando-se o fato, é feito o ritual de ikomojade, onde a criança terá um nome e é apresentada para a comunidade com uma festa.

Este ritual de ikomojade é feito dessa maneira: para o menino só depois de sete dias de vida e a menina após nove dias. O nome é muito importante para os Yoruba.

Se os babalawo, ao consultarem o oráculo, constatam que a criança é uma reencarnação de um antepassado, determinam o nome de babatunde (para meninos) e iyabode (para meninas). Esses nomes são utilizados no caso de reencarnação dos avós. Existem outros nomes que são dados dependendo do que for analisado pelo oráculo, trazendo sorte ao destino da pessoa:

Egun Sola
Egun Biyi
Egun Wale Oje Wale
Egun Gbami
Arugbo
Iyagba

No contexto yoruba, a morte é dolorosa, mas necessária para o ciclo da reencarnação até que a mesma pessoa que morra, cumpra o seu plano de ori e dependendo do histórico de vida a pessoa possa se englobar na energia de egungun tornando-se venerável para a comunidade ou sociedade. Na Nigéria, quando uma pessoa morre muito cedo, a sociedade e as pessoas da comunidade ficam tristes, pois acham que a pessoa não gozou de todos os benefícios terrestres, não aprendeu o que poderia ter sido aprendido, e por isso fazem, durante o enterro, um ritual na floresta chamado Iremoje, onde a família da pessoa morta pede para que nunca mais aconteça aquilo de novo na família da pessoa. Pessoas que morrem muito cedo, não tiveram um destino bem aventurado no contexto deles. Um outro ritual que existe é o chamado Axexe, que também é um ritual fúnebre para pessoas que morrem com mais de noventa anos, para pessoas que são anciãs. No axexe o povo fica alegre e prepara a pessoas como se fosse para um festa: colocam a melhor roupa, penteiam os cabelos do morto, se for mulher fazem trancinhas e pintam o rosto da pessoa e dependendo do grau financeiro da pessoa eles dão uma festa para comemorar o falecimento.

O ritual de axexe pode ser marcado com a presença de duas sociedades Ogboni e as Iyami Osoronga. A presença dessas sociedades é fundamental porque eles têm o poder de evocar a pessoa para conversar e saber como foi a passagem, e se ela quer deixar uma mensagem para a família e se pode ser distribuído os seus pertences para os familiares. A pessoa é preparada para o Iremoje, onde os familiares cantam lamentando a morte e depois cantam o Ijala onde falam das glórias conquistadas pela pessoa em vida, seguindo assim a festa para homenagear a pessoa. Dependendo do histórico da vida da pessoa que morreu, ela pode se englobar na energia de Egungun, mas para isso acontecer a pessoa teria que ser boa com as pessoas, amiga, ter ajudado a sociedade, enfim, teria que ser bem vista pela comunidade, o destino teria que ser bem aventurado. Nessa ordem a família e a sociedade podem escolher a pessoa como egungun, sendo assim todos beneficiados com a escolha e o Egungun se tornaria guardião da família e da sociedade onde viveu.

Devotos de Egungun podem chegar a uma evolução espiritual muito rápida, por se Egungun ligado à ancestralidade, isso quer dizer, a pessoa desenvolve uma intuição, percepção e sabedoria muito apurada, tornando-se assim muito forte (olojé).

Olojé são pessoas que manipulam as energias de Egungun. Esse título é concebido a homens. As mulheres não podem manipular essa energia, mas podem se beneficiar através dos olojés.

Gelede: Culto ao ancestral feminino, força também manipulada por homens. As mulheres só veneram as geledes. Existe grande ligação com as Iya Mi Osoronga onde as anciãs são profundas conhecedoras e na maioria das vezes iniciadas nessa sociedade.

Cada sociedade das descritas acima, promove a sua festa anual, que pode durar de 7 a 21 dias. Nesses dias os olojés e a comunidade, se preparam para organizar a festa onde o Egungun se materializa com o corpo coberto de panos e a máscara mágica (força essencial do Egungun), onde ele vem para abençoar toda a comunidade e os familiares. A única participação da mulher no culto de Egungun é marcada na benção da Iya Agan (mulher velha que conhece o culto de Egungun). Sem essa benção Egungun não sai pela comunidade. Eles vão de casa em casa abençoando com o erukere os seus cultuadores, família e comunidade na qual é o guardião, sempre acompanhado pelos Atokuns que guiam o Egungun para todos os lados. Os atokuns usam um tambor para direcionar o Egungun.

Os olojés por sua vez, levam a magia de Egungun para as praças mostrando ao público o seu poder. Por exemplo, os olojés usam o poder de Egungun para fazer uma bananeira dançar. Isso geralmente acontece no final da Festa de Egungun.

A festa é marcada por muita música, comidas fartas, alegria e grandeza.

Na Nigéria existe a iniciação para Egungun, porém há vários critérios a se analisar:

1º - Analisar o grau de ligação da pessoa com Egungun
2º - Herança familiar (odu de nascimento)
3º - Vontade da pessoa
4º - A pessoa pode estar sonhando com Egungun
5º Consulta através dos oráculos podem determinar a iniciação

Todos estes elementos podem determinar a iniciação da pessoa em Egungun.

Esse processo de iniciação é muito secreto. Para a pessoa ser iniciada em Egungun, ela tem que ser uma pessoa que saiba guardar segredo: o bom feiticeiro não revela seus dotes mágicos. A pessoa sela um pacto de segredo. Esse pacto só será fechado depois que a pessoa come elementos preparados para dar ligação da pessoa com Egungun. Aí ela se tornará membro do culto a Egungun e com o tempo ela será um verdadeiro Olojé. Claro que ela tem que ter força de vontade, humildade e paciência, lembrando-se de que uma vez iniciado sempre iniciado pois não tem mais volta.

O assentamento de Egungun é formado por Iyangi, vários atori, osso da canela de pessoas que já morreram, meias e um véu para tampar o rosto. Uma pessoa viva veste todas estas roupas para o Egungun se materializar. A pessoa fica em transe com o egungun materializado.

Os cultos de origem africana chegaram ao Brasil juntamente com os escravos. Os iorubanos - um dos grupos étnicos da Nigéria, resultado de vários agrupamentos tribais, tais como Keto, Oyó, Itexá, Ifan e Ifé, de forte tradição, principalmente religiosa - nos enriqueceram com o culto de divindades denominadas genericamente de orixás.(1 - Por motivos gráficos e para facilitar a leitura, os termos em língua yorubá foram aportuguesados. Ex.: orisá = orixá.)

Esses negros iorubanos não apenas adoram e cultuam suas divindades, mas também seus ancestrais, principalmente os masculinos. A morte não é o ponto final da vida para o iorubano, pois ele acredita na reencarnação (àtúnwa), ou seja, a pessoa renasce no mesmo seio familiar ao qual pertencia; ela revive em um dos seus descendentes. A reencarnação acontece para ambos os sexos; é o fato terrível e angustiante para eles não reencarnar.

Os mortos do sexo feminino recebem o nome de Iami Agbá (minha mãe anciã), mas não são cultuados individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Iami Oxorongá, chamada também de Iá Nlá, a grande mãe. Esta imensa massa energética que representa o poder de ancestralidade coletiva feminina é cultuada pelas "Sociedades Geledê", compostas exclusivamente por mulheres, e somente elas detêm e manipulam este perigoso poder. O medo da ira de Iami nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvor ao poder feminino ancestral, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a harmonia entre o poder masculino e o feminino.

Além da Sociedade Geledê, existe também na Nigéria a Sociedade Oro. Este é o nome dado ao culto coletivo dos mortos masculinos quando não individualizados. Oro é uma divindade tal qual Iami Oxorongá, sendo considerado o representante geral dos antepassados masculinos e cultuado somente por homens. Tanto Iami quanto Oro são manifestações de culto aos mortos. São invisíveis e representam a coletividade, mas o poder de Iami é maior e, portanto, mais controlado, inclusive, pela Sociedade Oro.

Outra forma, e mais importante de culto aos ancestrais masculinos é elaborada pelas "Sociedades Egungum". Estas têm como finalidade celebrar ritos a homens que foram figuras destacadas em suas sociedades ou comunidades quando vivos, para que eles continuem presentes entre seus descendentes de forma privilegiada, mantendo na morte a sua individualidade. Esse mortos surgem de forma visível mas camuflada, a verdadeira resposta religiosa da vida pós-morte, denominada Egum ou Egungum. Somente os mortos do sexo masculino fazem aparições, pois só os homens possuem ou mantém a individualidade; às mulheres é negado este privilégio, assim como o de participar diretamente do culto.

Esses Eguns são cultuados de forma adequada e específica por sua sociedade, em locais e templos com sacerdotes diferentes dos dos orixás. Embora todos os sistemas de sociedade que conhecemos sejam diferentes, o conjunto forma uma só religião: a iorubana.

No Brasil existem duas dessas sociedades de Egungum, cujo tronco comum remonta ao tempo da escravatura: Ilê Agboulá, a mais antiga, em Ponta de Areia, e uma mais recente e ramificação da primeira, o Ilê Oyá, ambas em Itaparica, Bahia.

O Egum é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos Ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixã, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a "morte se torne vida", e o Egungum ancestral individualizado está de novo "vivo".

A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungum simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente - característica de Egum, chamada de séègí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria.

As tradições religiosas dizem que sob a roupa está somente a energia do ancestral; outras correntes já afirmam estar sob os panos algum mariwo (iniciado no culto de Egum) sob transe mediúnico. Mas, contradizendo a lei do culto, os mariwo não podem cair em transe, de qualquer tipo que seja. Pelo sim ou pelo não, Egum está entre os vivos, e não se pode negar sua presença, energética ou mediúnica, pois as roupas ali estão e isto é Egum.

A roupa do Egum - chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia -, ou o Egungum propriamente dito, é altamente sacra ou sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode tocá-la. Todos os mariwo usam o ixã para controlar a "morte", ali representada pelos Eguns. Eles e a assistência não devem tocar-se, pois, como é dito nas falas populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egum se tornará um "assombrado", e o perigo a rondará. Ela então deverá passar por vários ritos de purificação para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte.

Ora, o Egum é a materialização da morte sob as tiras de pano, e o contato, ainda que um simples esbarrão nessas tiras, é prejudicial. E mesmo os mais qualificados sacerdotes - como os ojé atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais Eguns - desempenham todas essas atribuições substituindo as mãos pelo ixã.

Os Egum-Agbá (ancião), também chamados de Babá-Egum (pai), são Eguns que já tiveram os seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e suas vozes sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos. Os Apaaraká são Eguns mudos e suas roupas são as mais simples: não têm tiras e parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente e outra atrás. Esses Eguns ainda estão em processo de elaboração para alcançar o status de Babá; são traquinos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo.

O eku dos Babá são divididos em três partes: o abalá, que é uma armação quadrada ou redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior do Babá, e da qual caem várias tiras de panos coloridas, formando uma espécie de franjas ao seu redor; o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e pernas que acabam igualmente em sapatos; e o banté, que é uma tira de pano especial presa no kafô e individualmente decorada e que identifica o Babá.

O banté, que foi previamente preparado e impregnado de axé (força, poder, energia transmissível e acumulável), é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os fiéis. Ele sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-Egum portam o mesmo tipo de roupa, mas com alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá mascaras esculpidas em madeira chamadas erê egungum; outros, entre os alabá e o kafô, usam peles de animais; alguns Babá carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixã. Nestes casos, a ira dos Babás é representada por esses instrumentos litúrgicos.

Existem várias qualificações de Egum, como Babá e Apaaraká, conforme sus ritos, e entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As classificações, em verdade, são extensas.

Nas festas de Egungum, em Itaparica, o salão público não tem janelas, e, logo após os fiéis entrarem, a porta principal é fechada e somente aberta no final da cerimônia, quando o dia já está clareando. Os Eguns entram no salão através de uma porta secundária e exclusiva, único local de união com o mundo externo.

Os ancestrais são invocados e eles rondam os espaços físicos do terreiro. Vários amuxã (iniciados que portam o ixã) funcionam como guardas espalhados pelo terreiro e nos seus limites, para evitar que alguns Babá ou os perigosos Apaaraká que escapem aos olhos atentos dos ojés saiam do espaço delimitado e invadam as redondezas não protegidas.

Os Eguns são invocados numa outra construção sacra, perto mas separada do grande salão, chamada de ilê awo (casa do segredo), na Bahia, e igbo igbalé (bosque da floresta), na Nigéria. O ilê awo é dividido em uma ante-sala, onde somente os ojé podem entrar, e o lèsànyin ou ojê agbá entram.

Balé é o local onde estão os idiegungum, os assentamentos - estes são elementos litúrgicos que, associados, individualizam e identificam o Egum ali cultuado - , e o ojubô-babá, que é um buraco feito diretamente na terra, rodeado por vários ixã, os quais, de pé, delimitam o local.

Nos ojubô são colocadas oferendas de alimentos e sacrifícios de animais para o Egum a ser cultuado ou invocado. No ilê awo também está o assentamento da divindade Oyá na qualidade de Igbalé, ou seja, Oyá Igbalé - a única divindade feminina venerada e cultuada, simultaneamente, pelos adeptos e pelos próprios Eguns.

No balé os ojê atokun vão invocar o Egum escolhido diretamente no assentamento, e é neste local que o awo (segredo) - o poder e o axé de Egum - nasce através do conjunto ojê-ixã/idi-ojubô. A roupa é preenchida e Egum se torna visível aos olhos humanos.

Após saírem do ilê awo, os Eguns são conduzidos pelos amuxã até a porta secundária do salão, entrando no local onde os fiéis os esperam, causando espanto e admiração, pois eles ali chegaram levados pelas vozes dos ojê, pelo som dos amuxã, brandindo os ixã pelo chão e aos gritos de saudação e repiques dos tambores dos alabê (tocadores e cantadores de Egum). O clima é realmente perfeito.

O espaço físico do salão é dividido entre sacro e profano. O sacro é a parte onde estão os tambores e seus alabê e várias cadeiras especiais previamente preparadas e escolhidas, nas quais os Eguns, após dançarem e cantarem, descansam por alguns momentos na companhia dos outros, sentados ou andando, mas sempre unidos, o maior tempo possível, com sua comunidade. Este é o objetivo principal do culto: unir os vivos com os mortos.

Nesta parte sacra, mulheres não podem entrar nem tocar nas cadeiras, pois o culto é totalmente restrito aos homens. Mas existem raras e privilegiadas mulheres que são exceção, como se fosse a própria Oyá; elas são geralmente iniciadas no culto dos orixás e possuem simultaneamente oiê (posto e cargo hierárquico) no culto de Egum - estas posições de grande relevância causam inveja à comunidade feminina de fiéis. São estas mulheres que zelam pelo culto, fora dos mistérios, confeccionando as roupas, mantendo a ordem no salão, respondendo a todos os cânticos ou puxando alguns especiais, que somente elas têm o direito de cantar para os Babá. Antes de iniciar os rituais para Egum, elas fazem uma roda para dançar e cantar em louvor aos orixás; após esta saudação elas permanecem sentadas junto com as outras mulheres. Elas funcionam como elo de ligação entre os atokun e os Eguns ao transmitir suas mensagens aos fiéis. Elas conhecem todos os Babá, seu jeito e suas manias, e sabem como agradá-los.

Este espaço sagrado é o mundo do Egum nos momentos de encontro com seus descendentes. Assistência está separada deste mundo pelos ixã que os amuxã colocam estrategicamente no chão, fazendo assim uma divisão simbólica e ritual dos espaços, separando a "morte" da "vida". É através do ixã que se evita o contato com o Egun: ele respeita totalmente o preceito, é o instrumento que o invoca e o controla. às vezes, os mariwo são obrigados a segurar o Egum com o ixã no seu peito, tal é a volúpia e a tendência natural de ele tentar ir ao encontro dos vivos, sendo preciso, vez ou outra, o próprio atokun ter de intervir rápida e rispidamente, pois é o ojê que por ele zela e o invoca, pelo qual ele tem grande respeito.

O espaço profano é dividido em dois lados: à esquerda ficam as mulheres e crianças e à direita, os homens. Após Babá entrar no salão, ele começa a cantar seus cânticos preferidos, porque cada Egum em vida pertencia a um determinado orixá. Como diz a religião, toda pessoa tem seu próprio orixá e esta característica é mantida pelo Egum. Por exemplo: se alguém em vida pertencia a Xangô, quando morto e vindo com Egum, ele terá em suas vestes as características de Xangô, puxando pelas cores vermelha e branca. Portará um oxê (machado de lâmina dupla), que é sua insígnia; pedirá aos alabês que toquem o alujá, que também é o ritmo preferido de Xangô, e dançará ao som dos tambores e das palmas entusiastas e excitantemente marcadas pelo oiê femininos, que também responderão aos cânticos e exigirão a mesma animação das outras pessoas ali presentes.

Babá também dançará e cantará suas próprias músicas, após ter louvado a todos e ser bastante reverenciado. Ele conversará com os fiéis, falará em um possível iorubá arcaico e seu atokun funcionará como tradutor. Babá-Egum começará perguntando pelos seus fiéis mais freqüentes, principalmente pelos oiê femininos; depois, pelos outros e finalmente será apresentado às pessoas que ali chegaram pela primeira vez. Babá estará orientando, abençoando e punindo, se necessário, fazendo o papél de um verdadeiro pai, presente entre seus descendentes para aconselhá-los e protegê-los, mantendo assim a moral disciplina comum às suas comunidades, funcionando como verdadeiro mediador dos costumes e das tradições religiosas e laicas.

Finalizando a conversa com os fiéis e já tendo visto seus filhos, Babá-Egum parte, a festa termina e a porta principal é aberta: o dia já amanheceu. Babá partiu, mas continuará protegendo e abençoando os que foram vê-lo.

Esta é uma breve descrição de Egungum, de uma festa e de sua sociedade, não detalhada, mas o suficiente para um primeiro e simples contato com este importante lado da religião. E também para se compreender a morte e a vida através das ancestralidades cultuadas nessas comunidades de Itaparica, como um reflexo da sobrevivência direta, cultural e religiosa dos iorubanos da Nigéria.

Alguns Ebós





Observe os ingredientes para este Ebó de prosperidade:

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1 bacoa de ágate média.
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Meio kilo de canjica
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16 maças verdes
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16 acaça brancos sem casca
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16 ramos de trigo
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1 coco verde
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16 velas brancas acessas em volta

Modo de fazer o ebó, agrado de Prosperidade e sorte:

Coloque a cajica na bacia, no meio coloque o côco, as maçãs e os acaças em volta, os ramos de trigo arrumar em volta. Oferecer nos pes de oxla ou em um 1 lugar alto acender as velas ao redor.





Para fazer o Feitiço de Amarração: Pegar a batata doce, abrir ao meio e colocar o nome dentro do seu. Coloque dentro da batata-doce amarre a batata-doce com a linha verde a branca, coloque dentro do vidro, coloque mel água de flor de laranjeiras e uma escência menos alfazema. Tampar o vidro conforme for colocando os nomes dentro da bnatata-doce, dizer: Assim como bessem não vive sem Frequen eu não vivo sem “fulano” (o nome da outra pessoa). Acender as duas velas furante sete dias unidas. E oferecer a Bessem .



Os ingredientes do Feitiço de Amarração:

Elementos: 1 batata-doce grande

1 vidro com tampa limpo

1 vidro de água de flor de laranjeira

2 velas

8 vezes o nome do amado

8 vezes o nome da outra pessoa a quem quer unir

1 carretel verde e branco (linha)




Ebó para Yemanjá para Amarração
Material:

1 corvina (peixe) inteira e suja.

Mel de abelha

Azeite de oliva

2 imãs

1 retrós de linha branca

1 agulha virgem

6 velas brancas

1 dúzia de rosas brancas

6 moedas

1 m de morim branco

1/2 kg de arroz

2 cebolas

1 melancia inteira

Escrever a lápis, num papel sem pauta, 7 vezes o nome da pessoa, que deseja amarrar e o seu nome por cima.

Modo de fazer:

Primeiro passo-

Pegue a corvina - abra e tire as tripas.

Coloque o papel dentro, com os imãs e regue tudo com mel. Depois costure tudo.

Frite no azeite de oliva - não deixe quebrar; espere esfriar.

Segundo passo-

Cozinhe bem o arroz, só com agua e deixe esfriar.

Faça um molho com a cebola, o azeite e o camarão.

Terceiro passo-

Tire a tampa da melancia na posição horizontal, retire toda a polpa e reserve.

Coloque o peixe dentro da melancia.

Cubra com o arroz.

Coloque o molho por cima.

Passe as moedas pelo corpo e coloque-as sobre o arroz

Regue tudo com mel.

Despache este ebó na beira da praia ao nascer do sol.

Forre o morim.

Enfeite com as rosas.

Acenda as velas ao lado.

Passe a polpa da melancia pelo corpo e jogue nas ondas do mar.

Faça numa lua cheia no dia de sábado.


COMO TRAZER SEU MARIDO PARA VOCÊ
Compre um jarro de planta, um coração de boi.

Fura-se o coração e dentro dele põem-se o nome da pessoa e sete pedras de açucar granulado. Costura-se tudo muito bem com fita azul clara. Coloca-se tudo dentro do jarro e nele planta-se uma planta bonita para ficar dentro de casa.


Ebó para arranjar namorado


Uma tijela branca, uma gema de ovo, mel de abelha e o nome do homem desejado.

Acender uma vela para Ogum e fazer o pedido.

O local deve ser na beira de uma estrada sem fim.


Como prender uma pessoa a outra sob a influencia de Oxalá


Para este ebó, são necessário dois pombos brancos representando cada uma das pessoas. Lave-os com agua, bem doce, de mel. Dá-se um pedacinho de rapadura no bico dos pombos.

Pega-se um pouco de açucar e joga-se em cima deles. Juntam-se depois disso os dois, passa-se uma fita azul e enfia-se no pescoço de ambos um punhal atravessando-os. Embala tudo em morim branco e entrega-se a Oxalá numa árvore frondosa .


Ebó para Yemanjá para arranjar namorado


Material:

1 dúzia de rosas brancas.

1 m de fita branca

1 m de morim branco

6 velas brancas

6 moedas

Modo de fazer:

Tire os espinhos das rosas.

Faça um buquê com as rosas, amarrando-as com a fita.

Despache este ebó numa praia.

Forre o morim, coloque o buquê.

Passe as moedas pelo corpo, fazendo seus pedidos e deixe-as cair sobre o morim.

Acenda as velas em volta.

No pedido, dizer:

" Minha mãe Yemanjá, linda mãe e linda noiva, peço-lhe que me proporciones toda felicidade e parte dela seja um companheiro, namorado, que muito me ame. Quando eu conseguir, lhe trarei outro buquê igual a este. E assim seja."

Faça numa lua nova - sábado- ao pôr do sol.


Ebó para Obaluaiê - Para Cura de Enfermidade
Costurar um saquinho de morim branco

1/2 kg de milho de pipoca

1 bife de carne de porco cru

mel de abelha

6 moedas

6 velas brancas

1 litro de água mineral sem gás

Azeite de oliva

Modo de fazer

Estoure o milho no azeite e separe as pipocas mais abertas

Passe as pipocas na enfermidade - coloque dentro do saquinho

Passe o bife na enfermidade - coloque dentrodo saquinho

Regue tudo com mel - feche o saquinho com uma fita do mesmo tecido

Despache este ebó no pé de uma árvore seca ou que esteja morrendo.

Regue em volta a água - acenda as velas.

Pedir para Obaluaiê: "Assim como esta árvore seca, que seque tambem a minha, ou a enfermidade de fulano".

Faça numa lua minguante - segunda feira - durante o dia


Para Afastar Doenças:

Material:
01 vassourinha de palha
07 dentes de alho
01 pedra de carvão
01 saquinho de tecido lilás
01 fita lilás
01punhado de pipoca (em grão)
-papel com os nomes de todos da família

Coloque dentro do saquinho lilás: o papel com os nomes ,o alho, o carvão, e a pipoca, amarre o saquinho com a fita e amarre-o na vassourinha, guarde no alto e procure nunca mexer ,no próximo ano despache este em um verde e faça outro. Peça a Ossaim muita saúde e protecção para a sua família.


Para a criança que dorme mal com os Ibeiji


Material:
1 fronha do travesseiro com que a criança dorme
70cm de fita azul
70cm de fita rosa
70cm de fita branca
1 colher de sopa de mel

Lave a fronha da criança normalmente, coloque o mel na água e enxague a fronha, ponha a secar à sombra. Coloque a fronha no travesseiro e deixe por 7 dias. Pegue as fitas e escreva em cada uma o nome da criança, dê 7 nós e coloque debaixo do colchão, deixe também por 7 dias. Ao oitavo dia pegue as fitas, leve a uma praça e peça a Ibeji (Cosme e Damião) que velem pelo sono da criança e que sempre a protejam. A fronha você pode usar normalmente depois


Ebó para Oxalá - Para cura de Doente


1/2 kg de milho de canjica

1 tijela branca

1 Obí branco

Banha de Ori

1 vela branca

Mel de abelha

Modo de fazer

Cozinhe a canjica - ainda quente, coloque a banha de ori - até que se dissolva.

Passe o obi pelo corpo do enfêrmo - parta-o no meio e coloque-o na tijela.

Regue tudo com mel.

Acenda a vela com um copo de água e reze pedindo a Oxalá a cura do enfêrmo.

A tijela, despachar no mesmo dia - embaixo de um altar de uma igreja.

Se o enfêrmo fôr mulher - despache numa igreja de uma santa.

Se o enfêrmo fôr um homem - despache numa igreja de um santo.

Faça este ebó numa lua nova - sexta feira - durante o dia.


Para Afastar Egum


Material:

1 metro de morim branco

Roupa velha da própria pessoa

9 velas

9 bolas de arroz

9 acarajés

9 ovos

9 bolas de farinha de mesa

9 Ekurús

Pipoca

Maneira de fazer:

Com a pessoa em cima do morim, e vestida com a roupa velha, passsar tudo pelo corpo, quebrar as velas. A seguir rasgar a roupa velha e colocar tudo no morim branco. Amarrar e despachar no rio, mar ou mato (jogar antes para saber). Depois, preparar um banho de ervas: pára-raio, manacá, aroeira, erva prata. Colocar nn pote e ir tirando. Tomar 3 banhos em 3 dias seguidos.


Ebó para Atrair dinheiro com o Orixá Xangô


Material:

1 vela marrom de sete dias

1 travessa de louça branca - pequena

12 quiabos

Mel de abelha.

1 garrafa de água mineral

Modo de fazer:

Tire a cabeça dos quiabos - reserve

Corte os quiabos em cruz e pique-os bem fininhos.

Faça seus pedidos enquanto for picando.

Faça um ajabó, isto é, vá com as mãos amassando-os com a água e mel de abelha.

Deixe de misturar e amassar quando estiver bem cremoso, como que espumando.

Enfeite com as cabeças reservadas.

Coloque na travessa.

Coloque num alto: a travesssa , um copo d´água, e a vela acesa.

Depois de 7 dias, despache este ebó em agua corrente.

Faça numa lua nova, cheia ou crescente - quarta feira - durante o dia.


Ebó com Xangô para receber um dinheiro atrasado,


Material:

1 gamela

o retrato ou nome todo da pessoa

1/2 kg de quiabo

300 gramas de camarão sêco

Azeite de oliva

1 m de morim branco

12 pedaços de carne de boi gorda

1 dúzia de palmas brancas

12 velas brancas

2 mãos de cera (esquerda e direita), abertas

12 moedas

cebola ralada

Modo de fazer

Prepare o amalá

Frite os pedaços de carne no azeite

Coloque o retrato ou nome dentro da gamela.

Ainda quente - coloque o amalá por cima - enfeite com pedaços de carne.

Coloque as mãos de cera - na posição correta - por cima.

Passe as moedas pelo corpo - faça seus pedidos - coloque-as sobre as mãos.

Enfeite com 12 quiabos inteiros

Regue tudo com mel.

Despache este ebó numa pedreira.

Forre o morim

Enfeite com as palmas.

Acenda as velas em volta.

Faça numa lua nova, cheia ou crescente - numa quarta feira durante o dia


Ebó com Xangô para tirar de casa influencias negativas


Material:

1 alguidar grande

1 abóbora moranga

12 quiabos

12 laranjas

12 peras

1 metro de morim branco

1 vela de 7 dias

12 moedas

Mel de abelha

12 velas brancas comuns

1 copo d´agua

Modo de fazer

Coloque a abóbora dentro do alguidar.

Enfeite com as frutas; entre cada laranja e outra coloque um quiabo.

Passe as moedas pelo corpo, faça seus pedidos e coloque-as dentro do alguidar.

Regue tudo com mel.

Procure um lugar algo - forre o morim e coloque o alguidar, a vela de 7 dias acesa, com o copo d´agua.

Levante este ebó depois de 12 dias - caso alguma fruta for apodrecendo - retire e guarde para ser despachado.

Despache este ebó numa pedreira com as doze velas acesas.

Faça numa lua nova, cheia ou crescente, numa quarta feira durante o dia.
Ebó para Xangô para abrir Caminhos


Material:

1 kg de quiabo

Cebola ralada

300 gramas de camarão seco

Azeite de oliva

8 velas brancas

1 m de morim branco

1 duzia de palmas brancas

2 folhas de amona branca

12 pedaços de carde de boi gorda

8 moedas

mel de abelha

1 alguidar

Modo de fazer:

Lave e seque os quiabos num pano branco.

Separe 12 quiabos- o restante corte em cruz e pique bem fininho,

Faça um amalá com os quiabos picados, camarão, cebola e deixe esfriar o azeite.

Frite os pedaços de carne no azeite - até ficar morena; deixe esfriar.

Coloque as folhas dentro do alguidar - por cima o amalá - e enfeite com os pedaços de carne com os 12 quiabos inteiros.

Regue tudo com mel.

Despache este ebó numa pedreira.


Ebó para Nanã - para Saúde


1 peixe bagre branco

Azeite de Oliva

3 ovas de peixe

mel de abelha

1 m de morim branco

1 prato de barro

1/2 kg de farinha de mandioca crua

7 velas brancas comuns

Modo de fazer

Com as ovas e a farinha faça um pirão bem cremoso; espere esfriar.

Abra o bagre, tire as tripas e frite no azeite de oliva - não deixe quebrar - espere esfriar.

Coloque o pirão dentro do prato e o peixe por cima.

Regue tudo com mel.

Despache este ebó numa casa velha abandonada.

Forre o morim

Coloque o prato.

Acenda as velas em volta.

Faça este ebó numa lua cheia - sábado - durante o dia.