sábado, 7 de maio de 2011

UMA REFLEXÃO SOBRE RELACIONAMENTO






CONTOS DE FADA.


Exitem momentos em nossa vida que ficamos diante de uma encruzilhada aberta, são tantas opções, tantos caminhos, afinal o mundo é muito grande.

Desde pequeno nos acostumamos a viver em coletividade, nosso primeiro núcleo geralmente é formado pelos pais e irmãos, no decorrer da vida o grande aprendizado é como viver em coletividade.

Como em prol do bem comum, muitas vezes temos de abrir mão do bem próprio, de nossos anseios, de nossas necessidades.

Cresci em uma família formada por pai, e mãe, sendo eu filho único, embora tenha sido e ainda sou, muito amado por meus pais ,sempre fui solitário.

Acho que o maior medo de um filho único é ficar sozinho!

Mas como sozinho, se neste mundão, o que não falta são pessoas!

Coisas da alma, medos injustificados talvez.

Me lembro que durante anos, em toda virada de ano novo, meu desejo na hora do brinde, sempre foi: “alguém para que eu ame e seja amado pela vida toda”.

Esse alguém já foi encontrado por mim, mas aí vem a segunda parte: - Nos contos de fada a história só vai até “....E viveram felizes para sempre.”

Conto ou romance algum trata do dia seguinte do “.....E viveram felizes para sempre”. Não sabemos se a Cinderela teve de acompanhar uma reforma no castelo e lidar com os operários.

Igualmente não sabemos se o príncipe sai todas as quartas feiras pra jogar uma sinuca com os outros príncipes seus amigos.

Será que na noite do dia de núpcias a Cinderela descobriu que o príncipe ronca??

Meu Deus! Príncipes não deviam roncar, risos.

Pois é, a história do “....E foram felizes para sempre”, termina ali.

A vida, o trabalho, as contas a pagar, os filhos, os amigos tudo isso denota uma parte da vida que nos toma tempo, atenção e amor.

Agora como fazer para corresponder a todas as expectativas?

E como lidar com a situação de que a princesa tem dias de mau humor, tem de depilar as pernas, pintar o cabelo, fazer as unhas, dedicar-se ao seu trabalho, ir em busca de suas conquistas.

Muitas vezes o “eu te amo” fica por ser dito, porém esquecido no meio de todas essas situações. Mas ele está lá dentro do coração, está no olhar, na certeza de que príncipe e princesa agora sabem que não são perfeitos, mas que se amam e apóiam um ao outro.

Amor na verdade e gostar da adversidade, e gostar do príncipe mesmo que a barriguinha esteja aumentando, olhar com paixão os bobs no cabelo da princesa.

Saber que aquela pessoa estará lá ao teu lado para te apoiar, ouvir o que você está pensando, cuidar para que dentro do possível vocês se sinta seguro, amado e confortável com as relações do dia a dia.

Alguém para quem poder gritar: Socorrooooooo, estou ficando maluco, me acuda!
Relações interpessoais são complicadas, mas revelam na verdade a essência do ser humano, qual seja: amar.

Se me pergunta se vale à pena, respondo sem titubear: “Com Certeza”!

(Por Eduardo M de Souza – Babalorixá).

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